segunda-feira, 30 de abril de 2012
Essa sou eu
Porque ser "eu", não é só ser feliz o tempo todo,
nem distribuir sorrisos, nem me arriscar nos poemas.
Eu também fico triste, dificilmente, mas fico.
E não é porque é segunda feira, é porque sou humana
e cheia de defeitos como qualquer um, apesar de ser única.
A unidade me faz ímpar e muitoooo esquisita,
mas essa sou eu, muito prazer, e até mais.
(RêFortal)
quarta-feira, 25 de abril de 2012
quinta-feira, 19 de abril de 2012
MÁQUINA BREVE
O pequeno vaga-lume
com sua verde lanterna,
que passava pela sombra
inquietando a flor e a treva —
meteoro da noite, humilde,
dos horizontes da relva;
o pequeno vaga-lume,
queimada a sua lanterna,
jaz carbonizado e triste
e qualquer brisa o carrega:
mortalha de exíguas franjas
que foi seu corpo de festa.
Parecia uma esmeralda
e é um ponto negro na pedra.
Foi luz alada, pequena estrela
em rápida seta.
Quebrou-se a máquina breve
na precipitada queda.
E o maior sábio do mundo
sabe que não a conserta.
(Cecilia Meireles)
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Poema XLIV
Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.
Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.
Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desafortunado.
Meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo e por isso te amo quando te amo.
(Retirado de: Cem sonetos de amor)
Pablo Neruda
sexta-feira, 13 de abril de 2012
ATALHO
Quero um atalho
com sombras refrescantes,
a esse meu raciocínio lento,
que por vezes me trai.
Minha alma tem
o peso das lembrança
de notas musicais,
sou lágrima que não chorei,
amor que não vivi,
que espero viver.
Sou meu melhor momento,
inquietação constante,
sou teu claro despertar.
Intenso, visceral,
sou vida que pulsa,
sangue quente corrente.
Quero um atalho
com sombras refrescantes
sou amor sou
constantemente amar.
ANDRE RUIZ
http://butecopoetico.blogspot.com/
sábado, 7 de abril de 2012
CANÇÃO
Pus o meu sonho num navio e o navio
em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
(Cecília Meireles)
quarta-feira, 4 de abril de 2012
AMANHÃ ESTÁ NO FUTURO
Amanhã é um dia pra ser estreado,
um dia novo que ninguém usou...
É no amanhã que reside a esperança,
a ilusão se despe de cores
e aparece de branco, sem pudores!
Amanhã está no futuro, embora não seja verbo
Amanhã não se conjuga, se espera...
domingo, 1 de abril de 2012
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