terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
DESCONSTRUÇÃO
Sou mulher!
Mulher que conta o tempo
a partir de então:
viro a ampulheta,
deixo que os dias se escoem.
[Eu os vivo,
é certo,
como uma obra em desconstrução,
dissolvendo-me,
diluindo-me.]
"Quem me vê assim cantando,
não sabe nada de mim".*
Algo assim,
tão sem nexo,
a procura de um "eu"...
...que eu possa sê-lo.
Vou-me descosturando
com o passar dos anos,
sem deixar de coser os
furos na manta que mal
cobre a minha nudez,
exposta tantas vezes
em carne viva...
[...em meus poemas.]
Se eu fosse uma errante,
teria partido;
se eu fosse um trem,
estaria atrasada.
[Como diz Dom Quixote:
"A mi solo faltó lo que a todos los desdichados sobra (...)
No hay memória a quiem el tiempo no acabe,
nim dolor que a muerte no le consuma"]
 Silvia Mendonça
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/desconstrucao-2
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3 comentários:
belas suas letras amiga marineide vc ten una facilidade pra se expresar de bela manera de expresar claro seu sentir admiro muito a vc amiga...
saludos
otima semana
abracos de coracao
Obrigado pela sua linda amizade
A imagem, pura paixão... As palavras, grande delicadeza...
Bela, meu amiga Marineide! Bjs
Ah, as mulheres!!!
Beijos, linda mulher!!!
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