sábado, 30 de julho de 2011
Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de Moraes
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3 comentários:
MRINEIDE: Lindo Soneto de amigo para mim a amizade é eterna. bom fim de semana.
Beijos
Santa Cruz
Soneto do nosso querido poeta.Uma linda lembrança.
Bjss
Eu adoro tudo o que ele escreveu, amiga!
Bjs!
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