quarta-feira, 18 de abril de 2012
Poema XLIV
Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.
Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.
Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desafortunado.
Meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo e por isso te amo quando te amo.
(Retirado de: Cem sonetos de amor)
Pablo Neruda
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Arquivo do blog
-
2013
(44)
- dezembro (2)
- novembro (3)
- outubro (4)
- setembro (5)
- agosto (2)
- julho (3)
- junho (4)
- maio (3)
- abril (4)
- março (6)
- fevereiro (3)
- janeiro (5)
-
2012
(101)
- dezembro (5)
- novembro (6)
- outubro (5)
- setembro (9)
- agosto (9)
- julho (11)
- junho (9)
- maio (10)
- abril (8)
- março (14)
- fevereiro (8)
- janeiro (7)
-
2011
(112)
- dezembro (5)
- novembro (14)
- outubro (12)
- setembro (5)
- agosto (7)
- julho (8)
- junho (6)
- maio (8)
- abril (13)
- março (14)
- fevereiro (10)
- janeiro (10)
4 comentários:
Minha querida
Adoro Pablo Neruda e este poema é lindíssimo...uma sensível escolha.
Deixo o meu beijinho com carinho
Sonhadora
Pablo Neruda é genial! " Meu amor tem duas vidas para amar-te. " Lindo.
Parabéns pelo belo post.
Bjs Eloah
Meu poeta favorito Pablo Neruda é um mestre.
Esses versos é maravilhoso.
Beijos e ótima semana!
Coisa louca e linda esse amor de Neruda nessa poesia!Adorei Mari!Bjs,
Postar um comentário