sábado, 30 de junho de 2012
sábado, 23 de junho de 2012
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Adeus
Já não se encantarão os meus olhos nos teus olhos,
já não se adoçará junto a ti a minha dor.
Mas para onde vá levarei o teu olhar
e para onde caminhes levarás a minha dor.
Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos
uma curva na rota por onde o amor passou.
Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te ame,
daquele que corte na tua chácara o que semeei eu.
Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.
...Do teu coração me diz adeus uma criança.
E eu lhe digo adeus.
Pablo Neruda
domingo, 17 de junho de 2012
quarta-feira, 13 de junho de 2012
ESPERO-TE
Espero-te num poema
que não fale de pássaros
nem de borboletas,
onde a noite não tem estrelas
nem as ondas do mar beijam a areia.
Espero-te sem arco-íris
ou fénix renascida,
sem o vento a fustigar a copa das árvores,
as sombras caladas nas paredes,
sorrisos distorcidos pelos espelhos
ou janelas viradas para a linha do horizonte.
Espero-te sem palavras
que falem da lua,
do pôr-do-sol,
das cordas de uma harpa
ou do madrepérola
dos botões dum acordeão.
Espero assim,
como da primeira vez que te vi
e em que um único beijo nos prendeu.
Espero-te tal como és
sem artifícios,
sem poses ensaiadas,
sem cobrar o meu silêncio
ou mendigar o meu corpo.
Espero-te… como és,
na simplicidade…
na tua simplicidade.
(Francisco Valverde Arsénio)
sábado, 9 de junho de 2012
quinta-feira, 7 de junho de 2012
NEM TUDO ´É SOL
.. Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se
-Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E quando haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...
Fernando Pessoa
terça-feira, 5 de junho de 2012
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Libélulas-pensamento
Há momentos em que o silêncio impera,
há momentos em que a gratidão se impõe.
O burburinho lá fora é mero pano de fundo,
moldura para o que a mente encerra:
pensamentos quais libélulas transparentes,
cintilantes, a pousar tão docemente
aqui e acolá sem se fixar definitivamente.
Assim pode ser o meditar:
deixar as libélulas-pensamentos livres para voar,
não tentar prendê-las, só observar...
(Maria Francisca Motta)
http://mariafranciscamotta.blogspot.com.br
Assinar:
Postagens (Atom)
Arquivo do blog
-
2013
(44)
- dezembro (2)
- novembro (3)
- outubro (4)
- setembro (5)
- agosto (2)
- julho (3)
- junho (4)
- maio (3)
- abril (4)
- março (6)
- fevereiro (3)
- janeiro (5)
-
2012
(101)
- dezembro (5)
- novembro (6)
- outubro (5)
- setembro (9)
- agosto (9)
- julho (11)
- junho (9)
- maio (10)
- abril (8)
- março (14)
- fevereiro (8)
- janeiro (7)
-
2011
(112)
- dezembro (5)
- novembro (14)
- outubro (12)
- setembro (5)
- agosto (7)
- julho (8)
- junho (6)
- maio (8)
- abril (13)
- março (14)
- fevereiro (10)
- janeiro (10)