terça-feira, 3 de julho de 2012
Minhas rosas
Toda manhã, ao sol, cabelo ao vento,
Ouvindo a água da fonte que murmura,
Rego as minhas roseiras com ternura,
Que água lhes dando, dou-lhes força e alento.
Cada um tem um suave movimento
Quando a chamar minha atenção procura
E mal desabrochada na espessura,
Manda-me um gesto de agradecimento.
Se cultivei amores às mancheias,
Culpa não cabe às minhas mãos piedosas
Que eles passassem para mãos alheias.
Hoje, esquecendo ingratidões mesquinhas,
Alimento a ilusão de que essas rosas,
Ao menos essas rosas, sejam minhas.
(Olegário Mariano)
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4 comentários:
Márcia, que linda escolha! Nem tudo conseguimos reter, pois amores se vão, mesmo que o jardineiro tenha deles cuidado com afinco. Bjs.
Bela poesia!. Nem tudo que damos carinho conseguimos manter junto a nós. É a vida...
Beijos.
Élys
Beleza de poema.Parabéns pela escolha!Na vida tudo exige cuidados.
Lindas rosas para você.
Seja feliz.Bjs Eloah
Olá Márcia,
Que lindeza de soneto!
Por mais que cuidemos de um jardim
nada impede que suas flores sejam
colhidas por outra pessoa. Não há como manter afetos e amores. Não somos donos de nada e nem de ninguém.
Ótima noite!
Beijo.
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