domingo, 17 de fevereiro de 2013
A Serenata
Uma noite de lua pálida e gerânios
ele virá com a boca e mão incríveis
tocar flauta no jardim.
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa.
Eu que rejeito e exprobo
o que não for natural como sangue e veias
descubro que estou chorando todo dia,
os cabelos entristecidos,
a pele assaltada de indecisão.
Quando ele vier, porque é certo que vem,
de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerânios e ele serão os mesmos
- só a mulher entre as coisas envelhece.
De que modo vou abrir a janela,se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?
Adélia Prado
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7 comentários:
Oi, Marineide!
Essa dicotomia faz parte do ser humano, e especialmente, da mulher.
Beijos da Luz.
Interesante Post Feliz domingo Saludos desde Abstracción texto y Reflexión
Que precioso sitio, quedo fascinada... con tu permiso me quedo para seguirte.
Abrazos infinitos!
Encanto-me com as palavras de Adélia Prado. Muito belo! Bjs.
Olá Marineide!
Adélia Prado e uma mestra encantadora.
Depois de um tempinho ausente do blog estou de volta.
Deixo um grande abraço!
Ótima semana!
Refletindo com a Smareis---Clique Aqui----
Minha querida
Adoro a poesia de Adélia Prado e este poema é maravilhoso.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Querida amiga
Pelas mãos
de Adélia,
muitas palavras
que poderiam
ser nossas,
nascem.
Desejo que o amor,
faça morada em seu coração.
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