terça-feira, 28 de maio de 2013
A Serenata
Uma noite de lua pálida e gerânios
ele virá com a boca e mão incríveis
tocar flauta no jardim.
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa.
Eu que rejeito e exprobo
o que não for natural como sangue e veias
descubro que estou chorando todo dia,
os cabelos entristecidos,
a pele assaltada de indecisão.
Quando ele vier, porque é certo que vem,
de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerânios e ele serão os mesmos
- só a mulher entre as coisas envelhece.
De que modo vou abrir a janela,se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?
Adélia Prado
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6 comentários:
Bem dificil essa escolha!Poesia linda e reflexiva!bjs,
Gosto muito amiga bjo!
Adoro Adélia Prado.parabéns pela belíssima escolha.Bom feriado.Bjs Eloah
Querida Marineide
Escolha acertadíssima, a sua!
Que beleza de poema!Gostei muitíssimo.
Continuação de uma boa semana.
Beijinhos da
Beatriz
Olá Marineide,
Andei um pouco ausente da net, muitas coisas pra resolver e faltou tempo pra cuidar do blog, mas aqui de volta estou.
Gostei muito do poema, Adélia Prado é uma de minhas preferida.
Ótima semana!
Beijos!
Adorei.
Gosto muito de Adélia Prado.
Um lindo dia para você.
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