sábado, 13 de julho de 2013
QUE ESTE AMOR...
Que este amor não me cegue nem me siga.
E de mim mesma nunca se aperceba.
Que me exclua do estar sendo perseguida
E do tormento
De só por ele me saber estar sendo.
Que o olhar não se perca nas tulipas
Pois formas tão perfeitas de beleza
Vêm do fulgor das trevas.
E o meu Senhor habita o rutilante escuro
De um suposto de heras em alto muro.
Que este amor só me faça descontente
E farta de fadigas. E de fragilidades tantas
Eu me faça pequena. E diminuta e tenra
Como só soem ser aranhas e formigas.
Que este amor só me veja de partida.
(Hilda Hilst)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Arquivo do blog
-
2013
(44)
- dezembro (2)
- novembro (3)
- outubro (4)
- setembro (5)
- agosto (2)
- junho (4)
- maio (3)
- abril (4)
- março (6)
- fevereiro (3)
- janeiro (5)
-
2012
(101)
- dezembro (5)
- novembro (6)
- outubro (5)
- setembro (9)
- agosto (9)
- julho (11)
- junho (9)
- maio (10)
- abril (8)
- março (14)
- fevereiro (8)
- janeiro (7)
-
2011
(112)
- dezembro (5)
- novembro (14)
- outubro (12)
- setembro (5)
- agosto (7)
- julho (8)
- junho (6)
- maio (8)
- abril (13)
- março (14)
- fevereiro (10)
- janeiro (10)
3 comentários:
Aplaudo a escritora. Muito lindo. Bjs.
Querida Marineide
Que belo poema escolheu para partilhar connosco!
Há muitas formas de amar: esta é diferente de todas as que já conhecia.Bonito!.
Hoje sinto-me particularmente orgulhosa:aqui há tempos,foi a amiga marineide que me presenteou; agora,a nossa amiga Anna Lieri publicou um poema escrito por mim no Blog recantodosautores.blogspot.com.br/2013/07/ternura.html
Estou tão feliz!
Um ótimo domingo.
Beijinhos da
Beatriz
Grande Hilda Hilst
Marcia escolheste uma linda poesia.
Uma boa semana para você.
Bjs.
Postar um comentário