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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Sem remédio


Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.

E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!

                               Florbela Espanca


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4 comentários:

Paulo Francisco disse...

Florbela é isso: Amor e dor na mesma poesia.
Um beijo grande

Penélope disse...

Eu amo este espaço teu que é cheio de aconchego e belas poesias.
Beijinhos e grata pelo seu carinho.
Linda semana!

Eloah disse...

Florbela é excepcional quando vem a tona suas dores.Faz belos versos e nos encanta.Parabéns.Felicidades.
Bjs Eloah

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Lindos versos!
Beijos, lindona! <3

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