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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Destino


à ternura pouca
me vou acostumando
enquanto me adio
servente de danos e enganos

vou perdendo morada
na súbita lentidão
de um destino
que me vai sendo escasso

conheço a minha morte
seu lugar esquivo
seu acontecer disperso

agora
que mais
me poderei vencer?

Mia Couto



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9 comentários:

Mery disse...

Vencemos o nosso destino... Será?
:)
Essas poetisas sabem nos deixar pedidas sem noção rs
# "o destino somos nós que fazemos" tu acreditas?
A gente faz a nossa parte e Deus nos ajuda nas adversidades.
beijinho/ "bom fim de semana!

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Só nós mesmas podemos nos vencer.
Beijinhos!

Paulo_Sotter disse...

A vida vai dando sinais de que as adversidades se avolumam, mas não há nada que não possamos mudar. Todos temos a força necessária para prosseguir. Um abraço

Dulce disse...

Mia Couto... quem mais poderia traduzir um tal desespero com tanta esperança...
Obrigada pela magia deste momento de leitura, Marcia!

manuela barroso disse...

Uma espécie de nostalgia que nasce sem saber qual a saudade.O incógnito sempre nos dimunui.
Belo, Marcia
bjiii

Vera Lúcia disse...


Oi Márcia,

Achei o tom do poema nostálgico e desesperançoso, mas poeticamente marcante.

Feliz Primavera!

Beijo.

MARILENE disse...

Belos versos! Mas sempre podemos alterar as linhas tidas como já traçadas para a vida. Bjs.

Marineide Dan Ribeiro disse...

Realmente é um poema nostálgico mas, em se tratando de Mia Couto só poderia ser assim... Ele ainda traz marcado na alma todo sofrimento de duas guerras que carimbaram pra sempre a memória dos que nasceram em Moçambique...
Todos os poemas e livros deste autor tem um rastro de dor, sofrimento e nostalgia.

Bjusssssss

sandrinha disse...

Que lindo...vim te espiar aqui...e te deixar um abraço..desejando uma feliz semana!e uma linda primavera na alma e no coração!bjs!

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